Estudiosos ao longo dos últimos anos, puderam constatar que a memória é algo maleável e sujeito a interferências.
Em um dos estudos mais recentes, cientistas da Universidade da Califórnia, de Berkeley, nos Estados Unidos, identificaram como as lembranças ruins, pontuadas pelo medo, angústia e estresse, são guardadas. Os pesquisadores descobriram que esse tipo de recordação é tão forte que estimula a criação de uma rede de neurônios própria, em que ficam marcadas com um status especial, como uma gaveta específica.
Descobriu-se que é possível interferir no conteúdo da memória, nas sensações nela impressas ou até mesmo apagá-las principalmente em um momento determinado, batizado de recall ou recuperação. Ele se dá quando a recordação é incentivada a subir à superfície, abrindo o que os pesquisadores chamam de janela de oportunidade.
Os recursos em estudo para apagar as memórias prejudiciais são variados. Seja através de saídas não medicamentosas , como manipulação comportamental, ou através do uso de remédios ou das próprias substâncias cerebrais.
A intervenção no conteúdo da memória, porém, ainda gera discussão na comunidade científica em virtude da possibilidade de eventuais impactos negativos, como a perda de lembranças úteis.
Mas o debate é visto de forma positiva, já que traz novidades em estudos sobre a melhora na aquisição e manutenção da boa memória. Uma dessas novidades é o uso da testosterona para aprimorar a memória das mulheres na pós-menopausa.
Estratégias para registrar informações, tais como o “descanso ativo”, onde se aprende a fazer uma pequena pausa para que o cérebro realize a transferência dos dados que acabaram de ser captados para o hipocampo, também são amplamente divulgadas , assim como orientações sobre alimentos ricos em magnésio, tais como vegetais folhosos, cereais integrais e nozes que podem influenciar na manutenção da boa memória ( o mineral teria a capacidade de aumentar a comunicação entre os neurônios, facilitando o registro e o armazenamento de informações, aprimorando o aprendizado e a memória).
Cientistas também falam da importância do afeto na memória, mostrando como um cotidiano rico e afetuoso pode influenciar aprimorarando a memória, não apenas do indivíduo, mas também de seus descendentes.
Desde o nascimento vivenciamos diferentes experiências e novas conexões vão se estabelecendo; recebemos estímulos do meio e processamos as informações. A memória tem um papel fundamental no aprendizado, já que permite o registro, a manutenção e evocação de fatos já ocorridos ( Kandel et aal,2003).
Em um mundo onde uma avalanche de informações chega ao nosso cérebro, provocando assimilações superficiais e pouca retenção , onde o estresse, a ansiedade, a depressão e o uso de drogas estão cada vez mais presentes, não é raro encontrar pessoas jovens com falhas ou lapsos de memória.
Portanto fica a reflexão: o que você está fazendo pela sua memória? você está cuidando da sua memória?
Quer treinar e aprimorar a sua memória? Aqui vai uma dica de site: www.lumosity.com
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