domingo, 14 de agosto de 2011

Mais uma conquista da Fonoaudiologia


Projeto inclui Fonoaudiologia na equipe de diagnóstico e tratamento da dislexia e TDAH

A proposição também determina que as escolas assegurem aos alunos com dislexia recursos didáticos adequados.

A deputada federal por São Paulo, Mara Gabrilli, entregou à Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados o parecer favorável ao Projeto de Lei 7.081/2010. O PL trata da instituição obrigatória de programas de diagnóstico e tratamento da dislexia e do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), na atenção básica à saúde.
O Projeto de Lei coloca o fonoaudiólogo como um dos integrantes da equipe multidisciplinar responsável pelo diagnóstico e tratamento da dislexia e do TDAH. Educadores, psicólogos, especialistas em psicopedagogia e médicos completam o grupo.
Para Bianca Queiroga, presidente do Conselho Federal de Fonoaudiologia, o parecer significa progresso para as pretensões da categoria e para a sociedade. “O Brasil necessita avançar na legislação para assegurar o acesso ao processo de escolarização mais adequado para crianças com estes transtornos de aprendizagem”, afirma.
A especialista em Linguagem, Ana Luiza Navas, classifica o PL como necessário e urgente. “O Brasil está na contramão em relação a outros países, que já acompanham seus estudantes nos primeiros anos escolares”. No Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, por exemplo, programas de identificação precoce ajudam a escola a desenvolver, em conjunto com as famílias, estratégias de ensino para potencializar a aprendizagem.
Parecer
Na avaliação, Mara Gabrilli reitera a proposta procedente do senador do Espírito Santo, Gerson Camata. A proposição do parlamentar determina que as escolas assegurem aos alunos com dislexia acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento da aprendizagem.
O texto também diz que os sistemas de ensino devem garantir aos professores formação própria sobre a identificação e abordagem pedagógica da dislexia. O PL 7.081/2010 passará ainda por outras comissões da Câmara: Finanças e Tributação, Constituição e Justiça e de Cidadania. De acordo com estimativas, se aprovado em todas as instâncias, o PL pode beneficiar 1,8 milhão de crianças e jovens com idade escolar.